segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Ato racista em pleno dia da Consciência Negra!

No dia 20 de novembro de 2015, Leonardo Valentim, Celso e William,  entregadores de bebidas para o restaurante "Garota da Tijuca", foram vítimas de racismo pelo gerente do bar. O gerente Ascendino Correia Leal ofereceu bananas aos 3 entregadores negros "por serem da mesma raça" (sic) - mais detalhes podem ser encontrados no link da reportagem: http://blogs.oglobo.globo.com/gente-boa/post/racismo-motorista-negro-ganha-uma-banana-de-gerente-de-restaurante-na-tijuca.html. Leonardo acionou a polícia e o gerente foi preso por injúria racial. Entretanto, pagou R$800,00 de fiança e no mesmo dia foi liberado - mais detalhes podem ser encontrados no seguinte link: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/11/gerente-de-restaurante-da-tijuca-rio-e-preso-no-rio-por-injuria-racial.html.
Houve diversas manifestações nas redes sociais repudiando o crime cometido pelo gerente Ascendino, uma delas promovendo inclusive um boicote através do evento no Facebook chamado "Mais do que uma BANANA para o GAROTA DA TIJUCA" https://www.facebook.com/events/863028123814770/ com o apoio de mais de 15 mil pessoas. Sua página no Facebook https://www.facebook.com/www.garotadatijuca.com.br/ hoje conta com a avaliação de 2,7 de 5 estrelas, tendo grande parte de suas avaliações com 1 estrela após o ato racista.

Este é um exemplo que ilustra a diferença entre os processos de criminalização e incriminação.
Enquanto o processo de INCRIMINAÇÃO está ligado ao aspecto PENAL do ato, o processo de CRIMINALIZAÇÃO está ligado ao aspecto SOCIAL, aos castigos sociais e à exclusão social. No caso da reportagem, Leonardo, Celso e William foram criminalizados pelo ex-gerente por serem negros, enquanto o ex-gerente Ascendino foi incriminado devido à injúria racial cometida.

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