sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

" o morador é a alma da favela", diz um dos entrevistados para este livro. Também ouvimos dizer que a favela é a alma da cidade. É verdade que os dois milhões de pessoas, aproximadamente, que moram nas favela do Rio fornecem grande parte da mão-de-obra que faz a cidade funcionar. Então, por que o restante da cidade parece ter uma relação tão complexa com essa população? São muitos os fatores, alguns dos quais abordados em Cultura é a nossa arma, trabalho de dois ingleses - um, escritor, e o outro, pesquisador - que vieram acompanhar as ações do AfroReggae e entrevistaram integrantes do grupo, pessoas "comuns" e profissionais das áreas de segurança, mídia e política. O resultado está aqui: um livro otimista, que trata de pessoas que enfrentam a realidade e também trabalham para tentar modificá-la para melhor. Para o aprofundamento do debate em torno dos "meninos-soldados" que levantamos em nosso seminário, recomendo a leitura desse livro. De uma linguagem de fácil compreensão, uma narrativa que te convida a adentrar dentro do morro, conhecer as particularidades sobre o tráfico, sobre como é estar, ou como é sair (se é que um dia o sujeito tem essa oportunidade) dele. De como a população vê a polícia, o traficante, a falta da presença do Estado. Um ótimo livro para discutir o que são direitos e deveres para o "asfalto" e para o morro. O livro encontra-se disponível na Biblioteca Parque, sim, aquele biblioteca pública que fica próximo a Central. Por fim, fica a dica de um ótimo livro e de uma ótima biblioteca na cidade (dita) maravilhosa. Abração

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