"Policia em todas as partes; justiça em nenhuma" |
Sem passagem pela polícia, com vínculo empregatício em uma farmácia, diversas testemunhas afirmando que o jovem não possuía envolvimento com o tráfico, mesmo assim a polícia civil continua com o discurso de que ele era uma das tantas "pessoas que desde novas estão acostumadas a trocar tiros".
Lá se foi mais um garoto vítima desse Estado massacrante, que define o seu preço a partir do local onde você mora. Preço, não valor. Disso eles não querem saber. É mais um "corpo barato" que o Estado não precisa mais se preocupar.
Vivendo nesta época, desse jeito, daqui a pouco teremos estudos e matérias de jornais para comprovar se moradores de favelas e das "margens" da sociedade possuem alma ou não. Tudo pra justificar o injustificável. Pra legitimar a chacina.
A "guerra às drogas" está aí como tentativa para justificar essas mortes. Mas já está claro há muito tempo que essa guerra é contra os pobres, que ainda tentam se manter nesse estado/país mesmo sendo brutalmente caçados.
Este processo de "higienização" tão forte e evidente do Estado não irá acabar tão cedo. Até porque, quanto menos desses "corpos baratos" existirem, mais o Rio será a Cidade Maravilhosa. Mas pra quem? Para aqueles de "alta classe", e é claro, para o governo, que poderá vender ainda mais a imagem do Rio mundo afora. Ser pobre no Rio não é uma escolha: é sentença de morte.
Matérias sobre o caso: http://glo.bo/1oYu8Nc
http://extra.globo.com/casos-de-policia/moradores-da-mare-denunciam-morte-de-jovem-durante-acao-da-policia-civil-18724767.html
http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2016-02-22/jovem-e-morto-durante-operacao-da-policia-no-complexo-da-mare.html
Diego Pessanha Silveira
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