segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Meu nome não é Champinha!

No Fantástico do dia 03/11/13 foi veiculada a reportagem  "Jovem que comandou o assassinato de casal de namorados há dez anos pode sair da cadeia". Quando assisti, logo me lembrei do texto do Siro Darlan, "Meu nome não é Tuchinha". No artigo, ele diz:

"A saída da penitenciária foi amplamente acompanhada por alguns veículos de comunicação. Afinal, precisava ser lembrada sua condição permanente de traficante, mesmo tendo cumprido grande parte da pena. A decisão do juiz da VEP foi criticada de forma desrespeitosa pelo então chefe de Polícia e por setores da comunicação e da sociedade."

Para mim, o que a reportagem do Fantástico fez foi justamente nos relembrar o tempo todo a condição permanente daquele sujeito como um criminoso de alta periculosidade e pressionar midiaticamente os profissionais responsáveis por elaborar o laudo psicológico e o juiz, o que nos leva também a discussão sobre a posição que os psicólogos ocupam hoje no sistema penal. 

Assim, retomo a pergunta feita por Siro Darlan: Por que João Estrella pode não ser mais o "Johnny" que comercializava drogas e Francisco do Pagode tem que ser eternamente o traficante "Tuchinha" e Roberto Aparecido o assassino "Champinha"?

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