domingo, 8 de dezembro de 2013

Sobre nossas discussões acerca da produção de medo...

Em nome de quê pedimos reforços no policiamento?

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/12/moradores-da-praca-seca-rio-cobram-reforco-no-policiamento.html

2 comentários:

  1. Esta reportagem expressa bem o poder dos recursos midiáticos sobre a produção de medo, pois ressaltam notícias que perturbam a "normalidade", o que contribui para o pânico moral instaurado e acaba por legitimar ainda mais toda a lógica de controle social em que vivemos.
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  2. Acho que essa discussão pode ser abordada em duas esferas - que não necessariamente se excluem: a das causas distantes e a das causas próximas, bem como as medidas corretivas para cada um dos casos. Explico a seguir:

    Parte da atividade dos marginais (aqui somente no sentido daqueles que estão à margem) - tiroteios, roubos etc - é produzida dentro de uma conjuntura que foi o próprio modelo de Estado e de inclusão das pessoas neste, quem criou. Portanto, agora os braços estatais, como a polícia, tentam reprimir aquilo que eles mesmos, em certa medida, produziram.

    Medidas à longo prazo são essenciais quando se quer ter mudanças profundas em qualquer área. Maquiagens e medidas corretivas paliativas não cumprem esse papel. E bem sabemos que o Brasil se enquadra bem nesse modelo a não ser seguido.

    A segunda esfera pode ser falada justamente no que tange aos elementos mais imediatos do cenário - a criminalidade e as atitudes tomadas frente a isso. Não podemos simplesmente negar a realidade de violência que o Rio (por exemplo) vive, seja esta causada pelo contexto histórico que for. Mesmo que medidas profundas de longo prazo e reforma social começassem a ser tomadas AGORA, não veríamos as consequências benéficas disso imediatamente. Portanto, mesmo nesse contexto utópico ainda assim precisaríamos de algo que nos protegesse da criminalidade.

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