segunda-feira, 11 de junho de 2018

Não ao oportunismo e à intervenção militar



Em uma reportagem de 2016, General Eduardo Villas Bôas, responde que ao ser questionado por fãs da ditadura militar que clamam sua volta, pois estaria nela todas as soluções para absolutamente todos os problemas do nosso país (desde segurança pública à corrupção) sua resposta geralmente é uma:

“Eu respondo com o artigo 142 da Constituição. Está tudo ali. Ponto”.

Esse artigo fala sobre o dever do corpo militar, assim dizendo que “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”

O público, desencantado com a enchente de notícias sobre corrupção, lavagem de dinheiro, falta de segurança clama por soluções rápidas e simples, de uma forma heroica. E quem vem a mente quando se fala de heroísmo patriota? Os militares.

Estranho pensar como muitas vezes o mesmo público que sofreu com as mazelas desse regime, e portando estiveram presentes quando conscientemente evoluímos rumo a liberdade parecem ter uma amnésia coletiva.

Tal segmento da população até segue uma linha internacional de radicalismo, se concretizando com líderes da extrema direita ou líderes aparentemente representativos, com ''fala própria, sem filtro'', até mesmo líderes inéditos no cenário político, com uma carreira distante dos palanques até então.

Em relato publicado no Jornal do Brasil no último mês, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, disse que intervenção militar “é um assunto do século passado”.

Apesar do cenário crítico, podemos encontrar conforto na ideia de evolução dialética de Hegel. Nela, não existiria fluidez nem menos o amadurecimento do ''espírito do mundo'' sem tese, antítese e síntese. Este, portanto, é o momento perfeito para conservar o que temos de comum e trabalharmos em conjunto em prol dos nossos direitos.

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