quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Ni Una Menos. Vivas Nos Queremos!



Lucía Pérez, argentina de 16 anos foi mais uma vítima do feminicídio. Lucía foi drogada, estuprada até a morte e empalada, num dos crimes mais brutais já registrados na Argentina. O assassinato e estupro da adolescente causou grande comoção e reacendeu a luta contra o feminicídio, fazendo com que milhares de mulheres do país durante uma hora parassem suas atividades em uma greve que buscava repudiar a violência contra as mulheres.

Brasil, Chile, Peru e dezenas de outros países latinos americanos convocaram atos em solidariedade ao brutal feminicídio de Lucía Pérez e tantas outras mulheres que são mortas pelo machismo a cada novo dia, mas no mesmo dia em que essas grandes mobilizações tomaram as ruas de diversos países, o Brasil, que tem a taxa de feminicídios de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) registrava mais um dado para sua estatística de violência contra a mulher: Uma moradora de São Gonçalo sofreu um estupro coletivo por 10 homens enquanto se divertia num bar, fazendo com que surgissem diversos comentários responsabilizando-a pela brutalidade do que lhe aconteceu.

Esse é um momento de grande mobilização, luta e união das mulheres para reivindicar medidas contra a violência machista no Brasil e no mundo.  “Por que só nos restou marchar? […] O abandono das mulheres. E é um abandono sem fronteiras. Desamparadas pelo Estado, só nos restou sair às ruas. Marchar, emudecer, vestir preto. Se na Polônia foi a lei de aborto, na Argentina, é o feminicídio. Entre nós, há uma lista extensa, pararíamos o país diariamente. É a falência dos serviços de aborto legal, a epidemia do vírus zika, o feminicídio, todos temas considerados delicados para uma crise política e econômica, mas viscerais à sobrevivência das mulheres. Por que só nos restou marchar?

Fonte: http://www.brasilpost.com.br/debora-diniz/mulheres-marcha-argentina_b_12554950.html?1476881767

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/10/policia-investiga-estupro-coletivo-em-sao-goncalo-rj.html

Fonte: https://nacoesunidas.org/onu-feminicidio-brasil-quinto-maior-mundo-diretrizes-nacionais-buscam-solucao/

Um comentário:

  1. Raquel! Teve ato contra feminicídio dia 25/10 no centro do Rio, não sei se você soube. Vai acontecer outro dia 25/11, que será o dia internacional da não-violência contra a mulher!

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