segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Filme: Da Servidão Moderna - documentario

Video em formato de texto: http://delaservitudemoderne.org/texto-po.html

http://www.youtube.com/watch?v=ibLDSYMACq4

“é o homem inteiro que é condicionado ao comportamento produtivo pela organização do trabalho, e fora da fábrica ele conserva a mesma pele e a mesma cabeça.” (trecho do filme)

“Como todos os seres oprimidos da historia, o escravo moderno precisa de seu misticismo e de seu deus para anestesiar o mal que lhe atormenta e o sofrimento que o sufoca. Mas este novo deus, a quem entregou sua alma, não é nada mais que nada. Um pedaço de papel, um número que apenas tem sentido porque todo mundo decidiu dar-lhe. É em nome desse novo deus que ele estuda, que ele trabalha, que ele luta e se vende. É em nome desse novo deus que abandonou seus valores e está disposto a fazer qualquer coisa. Ele acredita que quanto mais tem dinheiro mais se libertará dos problemas dentro dos quais ele está aprisionado. Como se a possessão andasse de mãos dadas com a liberdade. A liberação é uma ascese que provém do domínio de si mesmo; um desejo e uma vontade de atuar. Está no ser e não no ter. Porém é preciso decidir-se a não mais servir, nem obedecer. É preciso também romper com esse hábito que, ao parecer, ninguém ousa recriminar.” (Christophe Dejours)

Postado por Rebecca Dalfior Signorelli

Um comentário:

  1. Rebecca, muito interessante o vídeo, gostei muito! Em especial o começo... quando fala sobre como todo obstaculo, natural ou humano deve ser destruído, para criar as rodovias que levem os materiais de consumo.
    Me fez pensar nas remoções que acontecem, com as mais diversas justificativas em nossa cidade - copa, higiene, segurança pública e arquitetônica, ou simplesmente feiura - por não ser um tipo de pobreza vendível. Uma vez que até esta está sendo comercializada hoje em dia.
    Me fez pensar na rapidez e na violência com que estas se deram e continuam se dando - seja em favelas, ocupações ou assentamentos - e em como, muitas vezes, a resistência não está somente nas barricadas que se criam, mas na indignação, na denuncia e no nunca deixar de acreditar que existem outras maneiras e outras formas de viver.
    É a utopia de que falava Garcia Marques, como aquilo que nos mantem (sempre) caminhando e que nunca chega, uma vez que não ha um fim, mas sim um caminho que se constrói ao andar.

    Aymara

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