terça-feira, 24 de novembro de 2015

Precisamos falar sobre intolerância!

Um comentário:

  1. Já havia visto esse vídeo circulando no facebook. Muito interessante! Diz muita coisas com poucas palavras! Sempre fico me questionando se as pessoas que estão fora da universidade, que não estão habituadas às discussões que nós estamos, me pergunto se elas se atentam para essas diferenças existentes no tratamento entre jovens negros e jovens brancos. Se não, acho que esse vídeo consegue cumprir de modo bem eficiente a função de alertá-los para essa questão. Ao menos para aqueles que têm acesso ao facebook. De certo modo, se relaciona com alguns pensamentos que fervilharam em minha cabeça no decorrer dessa semana.

    Fui roubada no sábado passado por um rapaz negro. Não estava armado. Fiquei pensando em minha (não-) reação e percebi o quanto deve ser fácil para ele roubar alguém, mesmo não estando armado, pois sua própria aparência já o torna uma ameaça. Mesmo se ele não quisesse... Essa situação me fez lembrar um outro fato que aconteceu comigo há cerca de 2 anos atrás. Estava no Méier, indo visitar um casal de amigos e eis que vejo na rua um menino, negro, chorando muito. Ao seu lado, uma menina um pouco mais velha comia um pastel e nem dava bola para seu choro. Fui perguntar o que tinha acontecido e ele disse que seu pastel havia caído no chão, disse que foi a moça da lanchonete ao lado que deu. Perguntei seu nome e idade. Tinha 5 anos. Então o levei à lanchonete para comprar outro. Quando o viu a atendente perguntou: "Você de novo?" Eu respondi: "É que o pastel dele caiu no chão." Ela me olhou e disse que era mentira, só para poder comer outro pastel. Fiquei estarrecida, não havia nenhuma razão concreta para ela duvidar do menino. Sequer consegui responder que eu havia visto o tal pastel no chão. Fico pensando como esses meninos já nascem marcados como malandros, mentirosos e traiçoeiros. O mundo dos delitos se torna um caminho "natural" para eles. Sequer percebem que, ao serem criminosos, não estão transgredindo absolutamente nada, pois por serem pretos e pobres, estão fazendo exatamente aquilo que a sociedade espera deles.

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