Com este blog, nosso objetivo é contemplar discussões realizadas na disciplina Criminologia (Instituto de Psicologia / Universidade Federal do Rio de Janeiro). Trata-se de um espaço de construção coletiva que visa contribuir para a formação dos participantes e demais interessados.
Duas coisas me chamaram atenção quando li essa entrevista: 1) é impressionante a necessidade do entrevistador de querer encontrar uma relação entre o pedido de ultima refeição e o que chama de psiquê do condenado. O entrevistado aparenta tentar, a todo momento, ressaltar outros aspectos que me parecem mais urgentes, como a contradição entre pena de morte e "país da democracia", tal qual afirma ser os EUA; o número de condenações injustas à morte..., mas parece imperar uma vontade de verdade limitada a identificação individual de um sujeito que é incontestavelmente tido como culpado, mesmo diante das dúvidas que o próprio entrevistado coloca. 2) Toda vez que leio reportagens sobre pena de morte me lembro de que, no Brasil, não há pena de morte, né? Mas será? Os números de autos de resistência (e suas características) são tais que acho que podemos falar de uma pena de morte à brasileira. Como dizem alguns que estudam essa temática, um verdadeiro tribunal de rua do qual participam policiais que matam, MP que pede pelo arquivamento dos casos e judiciário que o concede.
Duas coisas me chamaram atenção quando li essa entrevista:
ResponderExcluir1) é impressionante a necessidade do entrevistador de querer encontrar uma relação entre o pedido de ultima refeição e o que chama de psiquê do condenado. O entrevistado aparenta tentar, a todo momento, ressaltar outros aspectos que me parecem mais urgentes, como a contradição entre pena de morte e "país da democracia", tal qual afirma ser os EUA; o número de condenações injustas à morte..., mas parece imperar uma vontade de verdade limitada a identificação individual de um sujeito que é incontestavelmente tido como culpado, mesmo diante das dúvidas que o próprio entrevistado coloca.
2) Toda vez que leio reportagens sobre pena de morte me lembro de que, no Brasil, não há pena de morte, né? Mas será? Os números de autos de resistência (e suas características) são tais que acho que podemos falar de uma pena de morte à brasileira. Como dizem alguns que estudam essa temática, um verdadeiro tribunal de rua do qual participam policiais que matam, MP que pede pelo arquivamento dos casos e judiciário que o concede.