Em junho desse ano, Vladimir Putin, assinou uma nova lei que
proíbe qualquer manifestação pública de homoafetividade. Em resumo, o Artigo 6.21 do Código de Violações Legais
Administrativas da Federação Russa permite ao governo multar pessoas acusadas
de espalhar “propaganda de relações sexuais não tradicionais entre menores”,
com valores entre 4 mil a 1 milhão de rublos (120 a 30 mil). Além disso, uma disposição da
lei especifica que os estrangeiros gays ou pró-gays podem ser presos por até 14
dias antes de serem deportados do país.
Apesar
das ações e sentimentos antigay estarem crescendo há anos — essa lei federal
vem na esteira de uma série de leis regionais similares, que foram promulgadas
em São Petersburgo e em outras cidades desde 2006 —, essa lei levou a questão a
novas alturas: em julho, o grupo Spectrum Aliança de Direitos Humanos (SHRA,
por sua sigla em inglês), uma organização sediada nos Estados Unidos que
defende os direitos LGBT na Europa oriental, ajudou a chamar atenção
internacional para um grupo chamado Occupy
Pedophilia.
Liderado pelo notório neonazista russo “Tesak” (“O Machadinha”) Martsinkevich, o grupo tem usado as redes sociais, especialmente a VKontakte (um subproduto russo do Facebook), para postar falsos anúncios de encontros para atrair homens gays. Uma vez frente-a-frente com os homens, os membros do grupo os interrogam e os torturam, e um vídeo do encontro é postado no Youtube. Esse é um dos vídeos do final de julho:
Liderado pelo notório neonazista russo “Tesak” (“O Machadinha”) Martsinkevich, o grupo tem usado as redes sociais, especialmente a VKontakte (um subproduto russo do Facebook), para postar falsos anúncios de encontros para atrair homens gays. Uma vez frente-a-frente com os homens, os membros do grupo os interrogam e os torturam, e um vídeo do encontro é postado no Youtube. Esse é um dos vídeos do final de julho:
Recentemente, em virtude dos Jogos Olímpicos de Inverno do ano que vem (que será em Sochi, -Rússia) e por ter muitos atletas assumidamente gays, a
organização “All Out” lançou a
campanha #LoveAlwaysWins, fazendo um chamado para que o Comitê Olímpico Internacional
se posicione contra a lei ‘anti-gay’, com um belo vídeo que mostra uma atleta
imaginando a comemoração do ganho de uma medalha com sua companheira, para logo
depois perceber que não poderia fazer isso na Rússia
Em outro campo além disso, no mundial de atletismo tiveram as manifestações dos atletas que foram contrários à essa política contra o homossexualismo. A atleta russa de maior destaque no salto com vara, ainda deu declarações polêmicas que corroboravam com esse pensamento, dizendo que "- Se nos permitirmos promover e fazer esse tipo de coisas, tememos muito por nossa nação porque nos consideramos normais, com um padrão. Nós apenas vivemos com homens ao lado de mulheres, e mulheres ao lado de homens. Tudo deve estar bem. Isso vem da história. Nós nunca tivemos problemas assim na Rússia. E não queremos ter problemas assim no futuro" http://globoesporte.globo.com/atletismo/noticia/2013/08/isinbayeva-condena-movimento-gay-e-diz-nunca-tivemos-problemas-assim.html
ResponderExcluirEsse tipo de atitude ainda dá ainda mais legitimidade pra esse tipo de prática e, além disso, serve como formadora de opinião, já que é uma pessoa famosa, um ídolo do esporte que muitas pessoas se espelham. Mesmo depois ela tendo dito que foi mal interpretada, não pareceu um bom discurso. É incrível como ainda esses pensamentos são legitimados pelo Estado e também por componentes da população que são formadores de opinião.